Caso Briggida: Acusado diz que matou professora durante briga. Veja!
Na primeira
audiência de instrução do processo que investiga a morte da professora Briggida
Lourenço, ocorrido há 10 meses, o fotógrafo e ex-companheiro da vítima,
Gilberto Lyra Stuckert Neto, na frente da juíza Ana Flávia de Carvalho, que
presidiu a sessão, confirmou que, durante uma luta corporal, teria asfixiado e
matado a mulher.
O fato teria
acontecido no apartamento da professora no momento em que discutiam e partiram
para agressão física. Ele ainda alegou que ficou desorientado, não lembrava o
que teria acontecido em seguida e só recorda que voltou a consciência ao chegar
à praia de Coqueirinho, no Conde, Litoral Sul paraibano.
A audiência foi
realizada ontem, no 1º Tribunal do Júri, em João Pessoa. Na ocasião, foram
tomados os depoimentos do fotógrafo Gilberto Lyra Stuckert Neto, único suspeito
de ter cometido o crime, além de 16 testemunhas, entre acusação e defesa.
A audiência foi
o primeiro momento, após o assassinato, em que a mãe da vítima, Roselma
Azevedo, esteve frente a frente com o homem acusado de assassinar por asfixia
sua filha. Ao relatar os fatos, ela se emocionou e optou por não prestar
depoimento na presença do acusado, que foi retirado da sala por determinação da
juíza Ana Flávia de Carvalho Dias.
Em depoimento, a
mãe de Briggida Lourenço revelou que no dia do crime recebeu um telefonema do
acusado, informando que havia feito uma 'besteira' e dois telefonemas da irmã
do réu, pedindo que a mulher levasse o Samu até o apartamento de Briggida.
Aproximadamente cinco dias antes do crime ter ocorrido, em um almoço, Roselma
Azevedo pediu que Gilberto Stuckert não fizesse nenhum mal a sua filha.
“Ele tinha um
bom comportamento, mas se desequilibrou com o fim do relacionamento”, disse
Roselma Azevedo. Preocupada com a segurança da filha, ela havia pedido que
Briggida deixasse o apartamento onde morava e voltasse para a casa dela. “Eu
dizia para minha filha que um homem apaixonado é capaz de tudo e recomendei:
Tenha cuidado”, afirmou Roselma Azevedo, ressaltando que, após o crime, foi
informada que Gilberto Stuckert observava a rotina da vítima e chegou a
persegui-la na universidade.
Prestaram
depoimento ainda o ex-marido da vítima, Sérgio Ricardo Ferreira, um primo da
professora, Flávio Azevedo, e a vizinha que acionou a Polícia Militar no dia do
crime, Ana Andrea.
Esta última
recebeu no dia do crime, a possível última ligação telefônica feita por
Briggida, por volta das 9h15. “Ela me ligou e perguntou se eu estava em casa e
disse: Gilberto tá vindo aqui pegar as mesas de computador. Fica atenta”, disse
Ana Andrea.
A testemunha
ainda afirmou que Briggida Lourenço evitava ficar sozinha com o acusado em
qualquer local. Segundo Ana Andrea, o fotógrafo chegava a realizar até 20
chamadas telefônicas diariamente para o telefone de Briggida, na tentativa de
reatar o relacionamento que havia terminado desde o mês de abril. Apesar disso,
não foram relatados casos de violência física ou ameças feita por Gilberto
Stuckert à professora.
Fonte: Michelle Scarione
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